Em caso de chumbo do Orçamento do Estado, António Costa já avisou que não se demite. Na terça-feira, na primeira parte do debate orçamental, a esquerda disse que o Governo é o único responsável por um eventual chumbo e reafirma que o documento não responde aos problemas do país. À direita anunciou-se a morte da geringonça.
“O dever do Governo, o meu dever é continuar num momento de dificuldade e, por isso, eu não me demito”, afirmou o primeiro-ministro.
O falhanço das negociações com os parceiros habituais levou toda a direita a anunciar que a geringonça está acabada.
“Se a geringonça, dissemos nós no ano passado, estava coxa, hoje não tem pernas para andar. Está sentada numa cadeira de rodas à espera que alguém empurre e ninguém a quer empurrar”, disse Rui Rio, presidente do PSD.
A esquerda tenta explicar o porquê de um chumbo anunciado: "Uma a uma, o primeiro-ministro rejeitou, sem explicar ao país porquê, todas as nove medidas que o Bloco de Esquerda apresentou".
O PCP defende que o país precisa de soluções e que o partido se bate por elas.
“Propusemos ao Governo a fixação do salário mínimo nacional em 800 euros em 2022 e 850 euros em 2023, chegámos mesmo a propor que o ano começasse com 755 euros, o Governo manteve a mesma proposta (…) não é com as opções que o Governo fez e faz que havemos conseguir tirar o país da difícil situação em que se encontra”, sublinhou Jerónimo de Sousa.
ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA VOTA OE 2022, COM CHUMBO À VISTA
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