O chumbo do Orçamento do Estado para 2022, em Lisboa, fez cair por terra o documento que o Governo enviou também para Bruxelas. O que a Comissão quer agora perceber é quando vai receber o próximo.
A lógica é a de que o Plano de Recuperação e Resiliência deve seguir em frente. No entanto, haja ou não crise política, Governo ou Orçamento do Estado, as regras da bazuca não mudam e para haver novas transferências e as metas do plano têm de ser cumpridas.
Sobre eventuais alterações políticas, o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, lembra que podem ser feitas alterações ao plano português, mas que terão sempre de voltar a ser aprovadas pela Comissão e pelos ministros.
O Governo não se demite e justifica que assim pode continuar a implementação do plano.
"É possível que possa acontecer um contexto de algumas limitações ao que lá está previsto. É evidente que o contexto não será o mesmo que teríamos com um orçamento aprovado, mas julgamos que temos condições para garantir que o país não perde o acesso a esses fundos", disse Mariana Vieira da Silva, ministra da Presidência.
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