Os ministros europeus das Finanças esperam que o crescimento económico supere as previsões. O Banco Central Europeu recomenda uma retirada prudente das moratórias bancárias. No último dia de reunião que decorreu em Lisboa, a presidência portuguesa volta a pressionar para que os primeiros planos de recuperação sejam aprovados em junho.
Ainda não há margem para apertos de mão, mas o ministro das Finanças português fala num tempo de viragem. Mesmo perante o otimismo, ficam os avisos para uma retoma que pode ser desigual. O Banco Central Europeu fala no risco de uma onda de insolvências e aconselha à retirada “prudente” das moratórias.
Ao segundo dia, os ministros continuaram a falar de retoma, com o foco na transição climática e no papel que a tributação e os impostos podem ter para uma economia mais verde.
São também estes os ministros que vão aprovar os planos nacionais de recuperação, que dão acesso ao dinheiro da chamada bazuca. Mas só podem faze-lo depois de a Comissão terminar de avaliar os documentos. A presidência portuguesa continua a pressionar para que Bruxelas se despache.
Os calendários não batem certo: se a comissão não antecipar, será muito apertado para os ministros fecharem tudo até ao final de junho. Mas continua a ser esse o objetivo da presidência portuguesa que, antes de terminar, vai ainda organizar em Lisboa, no dia 28, uma cimeira de alto nível. Nela participarão especialistas e responsáveis europeus para falar de retoma e de governação económica.
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