Sismo na Turquia e Síria

Contagem decrescente: sete dias para resgatar sobreviventes na Turquia e Síria

Na Turquia e na Síria começa a contagem decrescente para resgatar com vida pessoas que estejam soterradas. De acordo com a ONU, há uma janela de sete dias para encontrar sobreviventes.

Contagem decrescente: sete dias para resgatar sobreviventes na Turquia e Síria
SUHAIB SALEM

Um responsável da ONU declarou que há apenas uma janela de sete dias para resgatar com vida as pessoas soterradas sob os escombros dos edifícios que ruíram após o sismo que atingiu a Síria e a Turquia.

"Esta estimativa é o resultado de inúmeras operações de salvamento em todo o mundo, embora sempre possam haver exceções e as vítimas possam aguentar um pouco mais de tempo", declarou o porta-voz do Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Jens Laerke, ao fazer uma primeira avaliação da tragédia causada pelos sismos que atingiram a Turquia e a Síria na segunda-feira.

Para o resgate das vítimas, a ONU mobilizou equipas de avaliação de desastres e também equipas de busca e salvamento, compostas pelos melhores especialistas do mundo nestas tarefas, que já se estão a deslocar para a Turquia, segundo o OCHA.

Além disso, na segunda-feira chegaram a este país doze equipas enviadas por diversos países e prevê-se a chegada de outras 27 entre terça e quarta-feira.

"O grande desafio agora é o acesso por terra [para estas equipas e os seus equipamentos], já que muitas estradas da região foram destruídas pelos sismos", afirmou Laerke.

Outra dificuldade enfrentada é a falta de veículos para transportar os peritos internacionais, mas, entretanto, as autoridades locais já estão a mobilizar camiões de outras províncias da Turquia para colmatar esta situação.

O primeiro terramoto ocorreu às 04:17 (01:17 em Lisboa), a 33 quilómetros da capital da província de Gaziantep, no sudeste da Turquia e próximo da fronteira norte da Síria, a uma profundidade de 17,9 quilómetros.

O balanço das autoridades aponta, até ao momento, para mais de 5.000 mortos nos dois países.