José Sócrates e Carlos Santos Silva podem começar a ser julgados em breve no processo da Operação Maquês. O Juiz Ivo Rosa rejeitou os recursos e pedidos de nulidade do ex-primeiro-ministro e mandou o processo para o tribunal de julgamento.
Ao contrário do Ministério Público, que dizia que Santos Silva ajudou a esconder 34 milhões euros que pertenciam a Sócrates, Ivo Rosa entende que só há indícios de Santos Silva ter corrompido o ex-primeiro ministro com um mihão e setecentos mil euros para ganhar concursos de obras públicas.
Como o crime de corrupção já estaria prescrito, os arguidos foram apenas pronunciados por três crimes de branqueamento. Em comunicado, a defesa de José Sócrates avisa que vai reclamar para o Tribunal Constitucional, depois do juiz de instrução ter também decidido rejeitar um recurso para o Palácio Ratton.
Os advogados dizem que o magistrado "não pode impor a sua vontade pessoal, de enviar o processo para julgamento a toda a pressa e a todo o custo."
Nada disso deve impedir que o processo seja distribuído nos próximos dias ao coletivo que irá julgar o antigo governante e o amigo.