Depois de dois adiamentos, Ricardo Salgado começa, esta terça-feira, a ser julgado no processo com origem na Operação Marquês. Responde por três crimes de abuso de confiança.
Há um mês, só os advogados apareceram para pedirem o adiamento do julgamento e entregarem uma contestação.
Há três semanas, apenas um regressou ao tribunal, mas foi o Ministério Público a pedir mais tempo para analisar os documentos.
Depois de duas falsas partidas e sem intenção de marcar presença em tribunal, Ricardo Salgado vai começar a ser julgado.
Na contestação a que a SIC teve acesso, a defesa avisa que Ricardo Salgado tem vindo a sentir dificuldades e lapsos de memória e desgaste emocional, físico e psicológico.
O tribunal entende que o antigo líder do Grupo Espírito Santo tem de estar presente no dia em que quiser falar.
Separado do processo principal, o antigo banqueiro chega a julgamento para responder por três crimes de abuso de confiança. Os que sobraram dos 21 de que estava acusado inicialmente.
Para trás, fica a alegada corrupção ao antigo primeiro-ministro José Sócrates.
Para julgamento segue o alegado desvio de cerca de 11 milhões de euros do Grupo Espírito Santo. Parte do dinheiro através da suposta intervenção do antigo administrador da PT, Henrique Granadeiro, e do antigo líder da ESCOM, Hélder Bataglia.
Ricardo Salgado é, depois do ex-ministro Armando Vara, o segundo arguido da Operação Marquês a chegar a julgamento.