O julgamento para tentar apurar responsabilidades nos incêndios de Pedrógão Grande, em 2017, prossegue em Leiria. O tribunal continua a ouvir os membros da comissão técnica independente.
A inquirição a Paulo Fernandes, investigador de ciências florestais, já vinha da sessão anterior. Em mais de uma ronda de perguntas, o especialista explicou aos advogados como a janela de oportunidade para travar o incêndio, em junho de 2017, foi abaixo dos 10 minutos.
O especialista disse ainda ao tribunal que, na altura, não havia técnicos especializados no apoio à decisão dos comandos no terrento. Quanto à faixa de gestão de combustível junto à N236-1 não estar limpa, Paulo Fernandes reafirmou que, perante as condições extremas do fogo, não teria feito diferença para as vítimas mortais e feridos naquele local.
Começou também a ser ouvido um outro elemento da comissão técnica independente: um engenheiro espanhol que é especialista na investigação de incêndios.
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