A ministra da Justiça admite que será difícil avaliar criminalmente os casos de vacinação indevida no país. Ao jornal Público, Francisca Van Dunem explicou que caso fique provado que, se não fossem administradas, as vacinas teriam como destino o desperdício, poderá vir a não haver consequências criminais.
No final de janeiro, 11 funcionários de uma pastelaria no Porto beneficiaram das sobras da vacinação de profissionais do INEM da delegação Norte.
Agora a ministra da Justiça diz, em entrevista ao Público, compreender a situação e admite “que se tenham verificado situações em que faz mais sentido usar a vacina no senhor da pastelaria do que desperdiçá-la”. Se assim for, explica ainda a ministra, algumas situações de vacinação indevida podem não vir a ter consequências criminais.
“O país é relativamente pequeno e em certos extratos toda a gente se conhece e tende-se a conceder vantagens a pessoas relativamente próximas”, diz ainda a ministra da Justiça
Van Dunem diz ainda que “os casos terão de ser avaliados um a um". "Mas num contexto em que as doses se estragam se não forem usadas... É um problema de falta de programação”, admite.
- Ministério Público investiga 33 casos de vacinação indevida. Há três autarcas na mira das autoridades
- Vacinação indevida na Guarda. Marido da vice-presidente da Assembleia da República foi vacinado
- Vacinação indevida. PSD de Portimão vai apresentar moção de censura a autarca
- Inspeção-Geral das Atividades em Saúde abre onze processos por vacinação indevida
- Vacinação indevida. Vereador demissionário de Lisboa terá tomado a vacina no gabinete
- Covid-19. Denúncia de vacinação indevida a tesoureiro de IPSS em Vila do Conde
- Vacinação indevida nos Açores. Vice-provedora da Santa Casa foi vacinada em dezembro
- Vacinação indevida contra a covid-19