Cerca de 689 mil pessoas têm a vacinação completa contra a covid-19 e mais de 2 milhões já receberam a primeira dose da vacina, segundo o relatório semanal da Direção-Geral da Saúde divulgado esta terça-feira.
De acordo com o relatório, ao todo, 689.329 pessoas já receberam as duas doses da vacina contra a covid-19, o que equivale a 7% da população de Portugal. A primeira dose foi administrada a 2.015.225 pessoas (20%).
Na última semana, 53.332 pessoas ficaram com a vacinação completa e mais 420.963 receberam a primeira dose.
Portugal já recebeu 2.983.590 vacinas contra a covid-19, das quais foram distribuídas 2.679.813 pelos postos de vacinação de todo o país.
VACINAÇÃO POR GRUPOS ETÁRIOS
Por grupos etários, cerca de 91% dos idosos com 80 ou mais anos (617.566 pessoas) já receberam a primeira toma da vacina e 58% (394.186) já têm a vacinação completa com as duas tomas.
No grupo entre os 65 e os 79 anos, 42% (669.263) já recebeu a primeira dose, enquanto apenas 4% (59.658) tem a vacinação completa contra a covid-19.
Na faixa entre os 50 e os 64 anos, 16% (355.519) foram vacinados com a primeira dose e 4% (84.810) receberam as duas doses.
VACINAÇÃO POR REGIÕES
Por regiões, em Lisboa e Vale do Tejo foram vacinadas 888.770 pessoas, 175.981 das quais na última semana, seguindo-se o Norte, onde 876.591 pessoas receberam a vacina (+153.512).
Já na região Centro, foram administradas vacinas a 553.844 pessoas, mais 88.962 do que na última semana, tendo sido vacinadas no Alentejo 166.527 (+24.508) e no Algarve 97.785 (+15.664).
Relativamente às regiões autónomas, a DGS avança que nos Açores já foram administradas 48.495 doses de vacina (+5.679) e na Madeira um total de 69.737 (+9.723).
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EMA mantém confiança na vacina da Johnson & Johnson
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) concluiu esta terça-feira que a vacina da Johnson & Johnson contra a covid-19 tem uma "possível ligação" a casos muito raros de coágulos sanguíneos, mas insistiu nos benefícios do fármaco contra a doença.
"A EMA encontrou uma possível ligação a casos muito raros de coágulos de sangue invulgares com plaquetas sanguíneas baixas, [...] mas confirma que o risco-benefício global permanece positivo", informou o regulador europeu em comunicado.
A estrutura aponta que o seu comité de segurança sobre medicamentos humanos decidiu por isso, na reunião desta terça-feira, que "um aviso sobre coágulos de sangue invulgares com plaquetas sanguíneas baixas deve ser acrescentado à informação sobre o produto relativo à vacina Janssen", devendo tais eventos ser "listados como efeitos secundários muito raros da vacina".
Em causa está uma investigação da EMA a oitos casos raros de coágulos sanguíneos associados a baixos níveis de plaquetas sanguíneas após toma da vacina nos Estados Unidos, um dos quais foi mortal, de um universo de sete milhões de pessoas vacinadas.
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Entregas de vacinas vão disparar. Chegam 1,2 milhões de doses da Pfizer este mês a Portugal
Depois de um fim de semana com crescimento acentuado na toma de vacinas contra a covid-19, António Costa diz que Portugal está no caminho certo para cumprir os planos. O Presidente da República adverte que é tempo de dar passos firmes.
O processo de vacinação de pessoal docente e não docente tinha sido adiado uma semana, devido a restrições. Agora, ganhou fôlego. Foi o primeiro teste a vacinar em larga escala, num total de 183 mil vacinas em dois dias.
Nas próximas 2 semanas a um mês, as entregas de vacinas vão disparar e as doses têm de ser administradas em tempo útil.
Não deixar a vacinação decorrer de forma natural é "uma atitude quase criminosa"
médico Gustavo Carona critica o negacionismo político de alguns governos em relação a certas vacinas contra a covid-19, defendendo que esta atitude gera dúvidas e desconfiança da parte da população.
"A política deixar-se-á levar por algum histerismo, medo coletivo ou pela chamada 'precaução exagerada' (…) que do meu ponto de vista é incompreensível."
Na Edição da Noite, diz mesmo que não deixar a vacinação decorrer de forma natural é "um erro crasso e uma atitude quase criminosa".
"Não deixar a vacinação decorrer naturalmente, quando esta é extremamente segura, é do meu ponto de vista algo que devia ser julgado como algo de muito grave."