O primeiro-ministro, António Costa, afirmou esta sexta-feira que a divulgação do “máximo possível de informação” permitira reforçar a confiança no processo de vacinação contra a covid-19 das crianças entre os 5 e os 11 anos.
Ainda assim, diz que a responsabilidade dessa decisão cabe à Direção-Geral da Saúde, que “deve ponderar o que deve ou não ser divulgado”, defende.
Pais devem ou não vacinar os filhos?
Questionado sobre as dúvidas dos pais em vacinar os filhos, o primeiro-ministro diz que as famílias devem ouvir pediatras e médicos de família de forma a sentirem-se confortáveis para tomar a decisão.
Voltou ainda a dizer que, se tivesse um filho nessa faixa etária, o vacinaria.
“Em nenhum momento desde o início desta pandemia houve uma matéria que fosse consensual. Os portugueses têm tido capacidade até agora de discernir bem”, conclui.
António Costa admitiu que, por vezes, as pessoas não compreendem bem as decisões de caráter sanitário para prevenção e combate à covid-19 e avançou mesmo com um exemplo de caráter pessoal.
"Eu já estive em dois isolamentos, um deles estando já vacinado. E também me custou compreender. Mas a argumentação das autoridades foi clara e, sobretudo, devemos acatar o que as autoridades nos recomendam. É tendo essa confiança nas autoridades de saúde que temos conseguido percorrer este caminho ao longo destes quase dois anos", acrescentou.
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