Vacinar Portugal

O balanço de um ano de vacinação contra a covid-19

Dados da DGS e do INSA revelam que nenhum paciente entre os 30 e os 49 anos, com vacinação completa, morreu de covid-19.

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Está a fazer um ano que foi vacinada a primeira pessoa em Portugal. Entre fevereiro e outubro de 2021, no lote dos totalmente vacinados e na faixa etária entre os 30 e os 49 anos, morreram zero pessoas de covid-19. Estes dados fazem parte do relatório de balanço da Direção-Geral de Saúde (DGS) e do Instituto Ricardo Jorge (INSA).

António Sarmento, de 65 anos e médico infecciologista no hospital São João, foi o primeiro a receber a primeira dose da vacina contra a covid-19. Era dia 27 de dezembro de 2020. A partir daí, as agulhas passaram a controlar o quotidiano dos portugueses.

Uma semana depois, a 4 de janeiro de 2021, Celeste Heleno, de 100 anos, foi a primeira utente de lar a receber este escudo protetor da vacina.

O processo de vacinação teve alguns atropelos – como, por exemplo, as pessoas saudáveis que receberam a vacina antes do tempo – e Francisco Ramos, coordenador da task force acabou por se demitir. O vice-almirante Gouveia e Melo assumiu o cargo a 3 de fevereiro.

Foi preciso chegar a outubro para atingir um recorde: 85% da população portuguesa já tinha duas doses administradas. Portugal tornava-se assim o país do mundo com mais vacinados.

Com o frio do inverno e o aparecimento da variante Ómicron, o número de novos casos voltou a disparar. Arrancou a dose de reforço, por faixas etárias, e foi aprovada a vacinação das crianças.

O esquema vacinal completo permitiu à maioria dos que – mesmo assim – contraíram a doença sobreviver. Entre fevereiro e outubro de 2021, não morreu nenhum infetado com covid-19 entre os 30 e os 49 anos. A população com mais de 80 anos é a que mais mortalidade registou: entre os 18 e os 28% de pessoas infetadas acabara por perder a vida.

Esta peça é da autoria do jornalista Pedro Coelho, com edição de Margarida Martins e grafismo de Marta Coelho.

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