A Comissão Europeia não vai renovar os contratos com as farmacêuticas AstraZeneca e a Johnson & Johnson para compra de vacinas contra a covid-19 em 2022.
Os contratos que estão agora em vigor, quando expirarem, no próximo ano, não serão revovados, segundo avança o jornal italiano La Stampa esta quarta-feira.
"A Comissão Europeia, com o acordo dos líderes de muitos países [da UE], decidiu que os contratos com as empresas que produzem vacinas [de vetor viral], válidos para o ano em curso, não serão renovados no seu termo", lê-se no jornal italiano, citado pela Reuters.
O jornal italiano La Stampa, acrescenta ainda que Bruxelas vai optar por vacinas que usam tecnologia de mRNA, como a da Pfizer/BioNTech e a da Moderna.
Em resposta à SIC, a Comissão Europeia esclarece que mantém "todas as opções em aberto para enfrentar as próximas fases da pandemia, em 2022 e depois". No entanto acrescenta que não pode comentar questões contratuais.
A Comissão Europeia aguarda, segundo a Reuters, esclarecimentos por parte da Johnson & Johnson sobre o anúncio "completamente inesperado" da empresa sobre os atrasos nas entregas da vacina à União Europeia.
Para além dos atrasos na UE, também esta terça-feira, as autoridades de saúde dos Estados Unidos recomendaram a suspensão da administração da vacina contra a covid-19 de dose única Johnson & Johnson, para permitir investigar relatos de coágulos sanguíneos potencialmente associados à toma do fármaco.
A farmacêutica explicou que, depois dos Estados Unidos recomendarem "uma pausa" na administração da vacina, está a analisar os casos com as autoridades de saúde europeias e, perante a situação, decidiu atrasar a entrega da vacina na Europa.
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