O advogado do atleta sul-africano, Barry Roux, pediu hoje ao tribunal que aplique uma pena de trabalho comunitário. A defesa alega que condená-lo a prisão efetiva não seria uma punição apropriada pelo crime que Pistorius cometeu e reclama uma pena em que seja útil à sociedade.
Barry Roux pediu para Pistorius "uma pena útil à sociedade", depois de ter tentado demonstrar que os remorsos do atleta são sinceros e que ele só deseja "fazer o bem, tanto quanto possível".
A 12 de setembro, o atleta sul-africano de 27 anos foi declarado culpado do homicídio involuntário da sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, de 29, abatida a tiro a 14 de fevereiro de 2013, devendo agora o tribunal determinar a sua pena.
"Nenhuma punição pode ser pior do que o que ele passou nos últimos 18 meses", disse Roux, depois de assinalar que Pistorius foi apresentado pela imprensa de todo o mundo como um assassino de sangue frio.
O advogado de defesa insistiu que "o traumatismo emocional é a pior punição", sublinhando que o antigo campeão paraolímpico "perdeu tudo" e atualmente está sem dinheiro.
Roux lembrou ainda vários casos da jurisprudência sul-africana em que um acusado que matou uma pessoa da família nas mesmas circunstâncias foi dispensado de cumprir uma pena de prisão. Evocou nomeadamente o caso de Rudi Visagie, jogador internacional de 'rugby', que matou a sua filha em 2004 por a ter confundido com um ladrão e que ficou isento de pena.
Há um mês, Pistorius foi condenado pelo homicídio involuntário da namorada Reeva Steenkamp, em fevereiro de 2013.
Com Lusa