O parlamento de Israel aprovou este domingo o Governo de coligação do novo primeiro-ministro Naftali Bennett, que sucede a Benjamin Netanyahu, que esteve no poder cerca de 12 anos.
Dos 119 deputados presentes (de um parlamento de 120), 60 votaram a favor da nova coligação, que integra partidos que vão desde a direita à esquerda, incluindo o apoio de um partido árabe.
Cinquenta e nove deputados, a maioria do partido Likud de Netanyahu e de partidos de extrema-direita e ultraortodoxos, opuseram-se a esta nova solução governativa para Israel.
O parlamento israelita aprovou, assim, um voto de confiança no "governo de mudança" liderado pelo líder da direita radical Naftali Bennett e pelo líder centrista Yair Lapid, encerrando mais de 12 anos de governação de Benjamin Netanyahu.
Após esta renhida votação, cada um dos membros do 36º Governo de Israel foi empossado no Knesset (parlamento), começando pelo primeiro-ministro Naftali Bennett.
O Likud de Benjamin Netanyahu ficou em primeiro lugar nas eleições de março, mas sem reunir a maioria de 61 deputados necessária para formar governo.
Perante este impasse, o Presidente de Israel, Reuven Rivlin, pediu ao então líder da oposição, Yair Lapid, que tentasse uma solução governativa, que foi alcançada em junho, ao reunir a maioria suficiente para assegurar este objetivo.
A coligação que governa Israel a partir deste domingo reúne dois partidos de esquerda, dois do centro, três da direita e, num caso muito raro na história de Israel, um partido árabe - o Raam - do islâmico moderado Mansour Abbas.
Netanyahu permaneceu em silêncio durante a votação, tendo, de seguida, cumprimentado Naftali Bennett, antes de se sentar brevemente no lugar do líder da oposição.
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