A ONU pediu, esta sexta-feira, a libertação urgente de todos os detidos nos protestos antigovernamentais, em Cuba. Joe Biden disse que os Estados Unidos estão a procurar soluções para que a internet seja recuperada na ilha e admitiu enviar, em circunstâncias especiais, vacinas para o país.
A ONU está preocupada com o suposto uso excessivo de força e com o facto de haver pessoas em paradeiro desconhecido. Por isso, pela voz da alta-comissária para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, pediu esta sexta-feira a libertação urgente de todos os presos nos protestos antigovernamentais em Cuba.
Na Alemanha, onde esteve com a chanceler Angela Merkel, Joe Biden falou sobre o que se está a passar com a ilha vizinha das Caraíbas.
Em Cuba, e pressionado pelos protestos, o Governo anunciou o fim temporário das restrições às importações privadas. Na prática, todos os que viajarem para o país, mesmo em turismo, vão poder levar medicamentos, produtos de higiene e alimentos sem limite de valor. A medida estará em vigor até, pelo menos, ao final do ano.
O regime cubano tenta, desta forma, atenuar os efeitos da escassez de bens essenciais, vista como uma das explicações para as recentes manifestações.
As manifestações em Cuba, no último domingo, provocaram pelo menos um morto e uma centena de detidos. Na origem dos protestos está a grave situação socioeconómica no país, a falta de alimentos, de medicamentos e outros bens essenciais, num momento em que Cuba atravessa também uma complicada fase do combate à pandemia.
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