As cheias no centro da Europa já provocaram mais de 150 mortos. Centenas de pessoas continuam desaparecidas. A situação mais grave está a ser vivida na Alemanha, que enfrenta o pior desastre natural em mais 50 anos.
A chuva já não cai como na quarta-feira, mas o perigo está longe de estar afastado. A água que fez transbordar rios e lagos invadiu e arrasou aldeias inteiras. Este é já o pior desastre natural na Alemanha em décadas. Foram registados mais de 150 mortos e há centenas de pessoas desaparecidos, cuja localização está a ser dificultada pela ausência de comunicações.
Dezenas de pontes e estradas foram arrancadas em três estados do oeste do país. As cheias deixaram ainda milhares de pessoas desalojadas e pelo menos 100 mil habitações estão sem luz elétrica. A rutura de uma barragem, numa cidade perto da fronteira com os Países Baixos, obrigou à retirada dos cerca de 700 habitantes.
Além da Alemanha, as chuvas torrenciais atingiram também a Bélgica, o Luxemburgo e a Suíça. Nos Países Baixos foi declarada "zona de desastre" na província sul de Limburgo. Já na Bélgica, onde há registo de cerca de 20 mortos, o Governo decretou dia de luto nacional para a próxima terça-feira.
Os cientistas apontam as alterações climáticas como a causa de fenómenos meteorológicos extremos. Garantem que, se o aquecimento global não for travado, o futuro das próximas gerações estará ainda mais comprometido.
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