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Calor intenso e mão criminosa na origem dos fogos

Na Argélia foram detidas 22 pessoas e Grécia suspeita de 18 pessoas do crime de fogo posto.

Incêndio nas zona montanhosa de Kabyle, na Argélia, provocou 65 mortes, 37 civis e 28 soldados.
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Nos últimos dias, vários países se depararam com incêndios provocados por temperaturas extremas, mas a "mão humana" também esteve na origem de alguns dos incêndios. Na Grécia, Itália e Argélia já foram detidas dezenas de pessoas, suspeitas de fogo posto.

A Argélia continua a combater um dos incêndios mais mortíferos e destrutivos da história do país. O Governo adianta que alguns dos incêndios foram provocados pelas temperaturas elevadas, mas que a maioria teve mão criminosa. Nisto, 22 pessoas foram detidas.

O Governo argel está a usar o exército para ajudar no combate aos incêndios e já requisitou seis helicópteros à força áerea, mas os meios são demasiados escassos para a dimensão da tragédia.

Espanha e Suiça já prometeram enviar aviões, nos próximos dias, e vários outros países estão a organizar equipas de bombeiros para cooperarem com os serviços de Proteção Civil argelinos.

Na Grécia, onde os fogos já devastaram mais de 100.000 hectares de floresta e destruíram centenas de casas, as autoridades também detiveram 18 pessoas, suspeitas de fogo posto.

O primeiro ministro já garantiu apoio financeiro às vítimas dos incêndios e disse que o governo de Atenas tudo fará para ajudar na reconstrução.

Segundos os bombeiros gregos, neste momento já estão controlados todos os incêndios que estiveram ativos durante mais de uma semana.

Ao invés, a Itália atravessa o anticiclone Lúcifer e onde os termómetros chegaram aos 48,8ºC na Sicília.

O mesmo acontece na República da Iacútia, no nordeste da Rússia, parte da Sibéria, onde este está a ser um verão anormalmente quente e onde o fumo, causado pelos fogos florestais, cobre uma área de centenas de quilómetros quadrados.

Mais de 700 aldeias e 9 cidades estão cobertas por uma densa nuvem que já levou centenas de pessoas aos hospitais com problemas respiratórios.

Do outro lado do mundo, no continente americano, o Canadá está a viver uma das piores ondas de calor de que há memória com fogos que continuam por controlar em várias regiões.

Mais a sul, na Bolívia, as chamas já queimaram milhares de hectares na província de Santa Cruz, no leste do país. Os meteorologistas bolivianos dizem que o vento forte, a baixa humidade e as temperaturas altas devem continuar nos próximos dias criando condições propícias para o alastrar dos incêndios.

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