Os alemães vão escolher este domingo quem sucede a Angela Merkel, que geriu os destinos da Alemanha nos ultimos 16 anos, e a batalha eleitoral está renhida. A ainda líder do país foi ontem à noite dar uma ajuda ao candidato da CDU.
Os meios de comunicação social alemães apelidaram 2021 como "o ano das super eleições". Afinal, é já neste domingo que o país vai a votos para escolher o novo parlamento e o próximo Chanceler, depois de 16 anos de liderança de Angela Merkel.
A saída de Mutti - mãezinha como é carinhosamente chamada - é vista não só como uma alteração estratégica para a Alemanha, mas também para a Europa.
Ontem à noite, a ainda líder do país, foi até Munique dar uma ajuda ao candidato da CDU, que dizem ser pouco carismático. Armin Laschet aparece em segundo lugar nas sondagens.
Na liderança, está o partido dos sociais-democratas, que faz parte da atual coligação que sustenta o governo. Olaf Scholz é o atual ministro das finanças. É considerado extremamente pragmático e está a vender uma promessa de estabilidade.
Os Verdes têm encontrado muito apoio nas camadas mais jovens. Estão em terceiro, nas intenções de voto.
Já os liberais estão empatados com a AFD, o partido de extrema direita que entrou em 2017 no Bundestag. O primeiro do género, no parlamento do país, desde a segunda guerra mundial. A líder dos anti-imigrantes, promete acabar com as medidas da pandemia.
Nas últimas eleições, foram precisos quase 6 meses para haver entendimento entre os dois atuais partidos da coligação.. Até lá, o poder continuará na mão de Angela Merkel. Na Alemanha, não existe o dia de reflexão e, por isso, hoje, os partidos vão continuar na estrada.
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