O social-democrata Olaf Scholz foi eleito esta quarta-feira chanceler federal pelo Parlamento alemão (Bundestag), onde o partido que lidera e os aliados na coligação governamental, verdes e liberais, têm maioria.
Scholz, que assumirá a 9.ª chancelaria desde o final da II Guerra Mundial, sucede no cargo à conservadora Angela Merkel, que passa o poder após 16 anos no executivo germânico a quem foi vice-chanceler e ministro das Finanças na sua última grande coligação.
O novo chanceler eleito recebeu 395 votos.
A coligação de três partidos detém 416 dos 734 assentos na câmara baixa do Parlamento.
Merkel, que anunciou reiteradamente que não irá ocupar qualquer cargo político e que se recusou a apresentar-se a candidata a deputada nas eleições gerais, foi recebida com uma grande ovação por parte dos deputados.
Scholz será ainda esta quarta-feira formalmente nomeado chanceler pelo presidente da Alemanha e empossado pelo presidente do Parlamento.
O Executivo de Scholz assume grandes esperanças em modernizar a Alemanha e no combate às alterações climáticas, mas enfrenta o desafio imediato de lidar com a fase mais difícil do país, associada à pandemia do coronavírus.
O novo Governo, tripartido e inédito a nível federal, será o mais igualitário da história da Alemanha, já que oito dos seus 16 ministérios - 17, com o cargo de chanceler - serão ocupados por mulheres.
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