Um tribunal britânico autorizou a extradição de Julian Assange para os Estados Unidos. Acusado de acusado de 18 crimes de espionagem e conspiração, o fundador do Wikileaks pode ser condenado a 175 anos de prisão.
À porta do tribunal, os apoiantes de Julian Assange manifestaram-se de imediato, criticando a decisão judicial que autoriza a extradição do fundador do Wikileaks para os Estados Unidos.
Foi a atual companheira de Assange, e mãe de dois filhos gerados com o australiano em sete anos de exílio na embaixada do Equador, quem mais contestou.
O juiz aceitou as quatro garantias dadas pela justiça americana.
Washington garante que Assange, atualmente detido na cadeia britânica de Belmarsh, não irá para uma prisão de alta segurança, nem terá tratamento prisional diferenciado.
Será tida em conta a sua saúde mental e os atuais riscos de suicídio que justificaram já uma primeira recusa ao pedido americano.
Em caso de condenação, Assange poderá cumprir a pena na Austrália.
Acusado de dezoito crimes de espionagem e conspiração, pode ser condenado a 175 anos de prisão.
No site Wikileaks, foi o responsável máximo pela maior fuga de informação da história militar dos Estados Unidos e pela divulgação de 90 mil dossiês sobre a guerra no Afeganistão e no Iraque, assim como pela revelação de outros 250 mil documentos diplomáticos.
Portugal e a embaixada em Lisboa foram referenciados em 722 telegramas, quase todos relativos à passagem dos voos da CIA por Portugal com prisioneiros para Guantánamo.
A defesa anunciou já um derradeiro recurso.
Será agora o Supremo Tribunal britânico a decidir a extradição de Assange e o próximo capítulo de uma saga judicial que tem já 12 anos.
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