Os resultados apurados até ao momento indicam que os republicanos deverão controlar a Câmara dos Representantes norte-americana. O comentador da SIC, Daniel Pinéu, alerta que há muitas contagens que ainda não estão concluídas, mas, ainda assim, analisa os resultados importantes para republicanos e democratas.
As votações dos norte-americanos para a Câmara dos Representantes e para o Senado são as mais relevantes, mas também foram contados votos para governadores e secretários de Estado.
Daniel Pinéu explica que os secretários de Estado são posições “pouco importantes do ponto de vista eleitoral”, cujo papel é certificar o resultado das eleições.
“Porém, desde a derrota de Donald Trump e a ideia de que a eleição terá sido roubada, a campanha de Trump e a republicana, no geral, tinha tentado colocar candidatos radicais para essas posições de forma a que, na próxima eleição geral, certificarem os resultados a favor dos republicanos”, completa Daniel Pinéu.
O comentador da SIC considera que o único resultado eleitoral relevante para Trump está a ser o de Ohio, onde JD Vance, que era profundamente anti-Trump, se converteu ao Trumpismo e venceu as eleições.
Por outro lado, na Flórida, a vitória republicana está misturada com um “obstáculo” para Donald Trump. A boa notícia é que o candidato republicano venceu, a má notícia é que Ron DeSantis posiciona-se cada vez mais como o “adversário interno mais credível de Trump”, por ter conseguido retirar votos em localidades historicamente democratas, defende Daniel Pinéu.
“Ron DeSantis está a posicionar-se como uma via intermédia, não tanto como uma republicano tradicional e também não como do movimento Maga, perto do Trumpismo”, explica o comentador Daniel Pinéu.
No Texas, Estado onde o republicanos venceram, os democratas alcançaram um resultado muito superior ao esperado, reconhece Daniel Pinéu.