A Rússia vai proibir a exportação de petróleo e derivados para países que impuserem o preço máximo fixado pela União Europeia (UE) no início do mês.
O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou esta terça-feira o decreto que proíbe o fornecimento. A medida entra em vigor a 1 de fevereiro de 2023 e vai durar cinco meses.
O decreto inclui uma cláusula que permite que Putin anule a proibição em casos especiais.
A decisão do Kremlin é uma retaliação ao acordo da UE, Austrália e G7, que impuseram um limite de preço de 56 euros por barril de petróleo. O objetivo é estrangular a principal fonte de financiamento da invasão russa da Ucrânia.
Moscovo rejeitou o preço limite, qualificou a imposição como um passo para desestabilização dos mercados mundiais de energia e considerou que a decisão, que será alargada dentro de dois meses aos produtos refinados, não tem efeito na operação militar especial na Ucrânia.
A nível internacional, a China e a Índia já reagiram. Os dois países mais populosos do mundo e maiores compradores do petróleo russo mantêm a prudência em relação a Moscovo.
Para os analistas, a decisão não terá efeitos imediatos, será difícil de fiscalizar e lança ainda muitas interrogações.
Com o limite de preço, entrou também em vigor o embargo da União Europeia ao petróleo russo transportado por via marítima – meses depois da uma medida idêntica ter sido aplicada pelos Estados Unidos e pelo Canadá.