A Rússia diz que o preço limite imposto ao seu petróleo não tem efeitos na operação militar especial – a designação do Kremlin para a guerra da Ucrânia. A partir desta segunda-feira, a União Europeia, a Austrália e os G7 vão pagar, no máximo, 60 dólares (perto de 57 euros) por barril de petróleo russo.
O objetivo é estrangular a principal fonte de financiamento da invasão russa da Ucrânia. Para isso, a União Europeia, a Austrália e os G7 – os sete países mais ricos do mundo – vão pagar no máximo 60 dólares por barril de petróleo russo.
Moscovo rejeitou o preço limite. Qualificou a imposição como um passo para desestabilização dos mercados mundiais de energia e considerou que a decisão, que será alargada dentro de dois meses aos produtos refinados, não tem efeito na operação militar especial na Ucrânia.
A nível internacional, reagiram já a China e a Índia. Os dois países mais populosos do mundo e maiores compradores do petróleo russo mantêm a prudência em relação a Moscovo.
Para os analistas, a decisão não terá efeitos imediatos: será difícil de fiscalizar e lança ainda muitas interrogações.
Com o limite de preço, entrou também em vigor o embargo da União Europeia ao petróleo russo transportado por via marítima – meses depois da uma medida idêntica ter sido aplicada pelos Estados Unidos e pelo Canadá.