Um sismo de 7,8 na escala de Richter e uma réplica de 7,5 afetaram o sul da Turquia e o norte da Síria, tendo sido sentidos ainda no Líbano, Chipre e Israel. Henrique Cymerman, corresponde da SIC neste último país, relata como foram sentidos os abalos pelos israelitas e como a nação está a lidar com o sucedido.
Por volta das 04:17 horas locais (02:17 em Lisboa) a terra também tremeu em Israel, tal como revela o correspondente da SIC. Acrescenta que um segundo abalo de 6,7 na escala de Richter foi sentido oito horas depois.
O jornalista refere que se encontrava na rua no momento em que a terra tremeu pela segunda vez e que presenciou o pânico dos habitantes locais no momento em que procuravam abrigo de forma aflitiva.
Autoridades deixam alerta à população
As autoridades do país têm alertado a população para que adote medidas preventivas, uma vez que outros abalos podem vir a ser sentidos nas próximas horas.
Henrique Cymerman dá ainda conta que o ministro da Defesa israelita já iniciou conversas com o seu homólogo turco no sentido de enviar para a Turquia “uma unidade de resgate do exército”.
Israel vai construir hospital de campanha
Acrescenta também que o exército israelita vai construir um hospital de campanha na zona sul do território turco para auxiliar os mais de cinco mil feridos registados até agora.
O correspondente da SIC afirma que o número de vítimas mortais destes abalos pode atingir valores “semelhantes aos de 1999”, quando um sismo afetou a Turquia e causou mais de 18 mil mortos.
Escola de arte com centenas de crianças sírias ficou destruída
A relação entre Israel e a Síria não é historicamente amigável, contudo, Henrique Cymerman acredita que o Governo de Benjamin Netanyahu vai enviar para o Estado árabe inimigo “materiais humanitários” de forma “oficiosa não formal”.
O jornalista partilha ainda uma “história terrível que aconteceu nas últimas horas” na Síria. Uma escola de arte que acolhe crianças sírias com traumas causados pela guerra civil do país, e que ali são tratadas por psicólogos, foi afetada pelos abalos.
Várias crianças perderam a vida e outras ficaram soterradas nos escombros. Nesse sentido, uma organização humanitária israelita encontra-se no local, assim como outras organizações europeias, a apoiar a instituição.