O Dia da Tomada da Bastilha, feriado nacional de França, assinala-se esta sexta-feira.
O Governo francês anunciou o reforço do dispositivo de segurança, com a mobilização inédita de 45 mil polícias, devido ao risco de protestos.
A data será marcada pela ausência do discurso do Presidente francês, Emmanuel Macron, no qual faria um balanço do apaziguamento da sociedade após a forte contestação nas ruas do país contra a reforma da lei das pensões, em abril.
A celebração tem este ano como convidado de honra o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que estará ao lado de Macron a assistir ao tradicional desfile militar, em Paris.
França em alerta máximo para confrontos e motins no Dia da Bastilha
Milhares de turistas estão em Paris para assistirem ao tradicional espetáculo de fogo de artifício, lançado da Torre Eiffel, que assinala as comemorações do dia nacional da França.
O entusiasmo dos turistas contrasta com a preocupação do Governo francês, que teme que a capital possa acabar mergulhada num verdadeiro cenário de guerrilha urbana, com confrontos e motins como os a que o mundo assistiu nas últimas semanas.
Para além dos 45 mil polícias destacados, que estão alerta desde a noite de quinta-feira e até à manhã de sábado, às ruas voltam também os blindados e os drones, com o Governo francês a exigir tolerância zero para episódios de violência durante as celebrações.
"Este ano, a festa nacional chega numa altura, como cada um constata, de contexto particular, depois de várias noites de extrema violência. Desde 27 de junho, 150 mil engenhos pirotécnicos foram apreendidos pelas autoridades", revelou Gérald Darmanin, ministro da Administração Interna.