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Sismo em Marrocos: no silêncio ouvem-se os pedidos de socorro

As autoridades marroquinas e os cidadãos prosseguem com as buscas. Procuram sobreviventes no meio dos escombros. O Governo marroquino já pediu ajuda internacional a Espanha.

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Prosseguem as operações de resgate e buscas por sobreviventes nos escombros, depois do sismo de magnitude 6,8 ter atingido várias regiões de Marrocos. As equipas de salvamento estão a ter dificuldade em chegar às zonas montanhosas. Espanha foi o primeiro país a enviar ajuda para o terreno. Segundo o último balanço oficial, mais de 2.000 mortos e outros tantos feridos.

O silêncio é fundamental para tentar encontrar sinais de vida. Assim que se percebe há gritos ou pedidos de ajuda, as máquinas e pessoas voltam a escavar. Depois de algum tempo, foi possível tirar uma pessoa com vida dos escombros de uma casa.

As autoridades marroquinas e os cidadãos tentam chegar onde podem. O grande desafio continuam a ser as aldeias e localidades nas zonas montanhosas da cordilheira do Atlas.

Um cidadão abre a porta de casa para mostrar o que sobrou. A mesa de jantar está como ficou naquela noite. Conta que em cinco segundos tudo caiu, mas que conseguiram fugir.

Nas aldeias e nas cidades como Marraquexe, esta foi a segunda noite a dormir ao relento. Na manhã deste domingo foi registada uma réplica de 4,5 na escala de Richter.

Mais de 24 horas depois do sismo, Marrocos pediu ajuda a Espanha. De Saragoça já saiu um primeiro avião com 56 militares e quatro cães. O Governo espanhol garante que ainda este domingo vai descolar outro avião com ajuda humanitária.

Marrocos decretou três dias de luto nacional em memória das vítimas. O Papa Francisco, perante os fieis, na Praça de São Pedro, em Roma, rezou pelas vítimas e pediu as rápidas melhoras dos feridos.