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Um Presidente sírio volta a discursar na Assembleia Geral da ONU pela primeira vez em 50 anos

Ahmad al-Shaara ainda é alvo de sanções da ONU e da proibição de viajar devido ao passado extremista, mas no novo fato de chefe de Estado, e já não de combatente, teve permissão para ir a esta sessão pedir o fim das sanções aplicadas à Síria, denunciar os ataques de Israel no país e afirmar o apoio ao povo de Gaza. 

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Continuam os discursos dos chefes de Estado na Assembleia Geral das Nações Unidas. Com críticas à ONU, às preocupações ecológicas da Europa e com uma estreia: a de um Presidente sírio a discursar perante a Assembleia Geral da ONU, o que não acontecia desde 1967. 

Há quase 60 anos que um dirigente sírio não discursava na Assembleia Geral das Nações Unidas. 

Ahmad al-Shaara ainda é alvo de sanções da ONU e da proibição de viajar devido ao passado extremista, mas no novo fato de chefe de Estado, e já não de combatente, teve permissão para ir a esta sessão número 80 pedir o fim das sanções aplicadas à Síria, denunciar os ataques de Israel no país e afirmar o apoio ao povo de Gaza. 

Meloni e Milei criticam ONU

Da primeira-ministra italiana também se ouviram críticas a Israel, à ecologia que disse ser insustentável e ainda às Nações Unidas, organização que Giorgia Meloni exorta a se submeter a uma reforma urgente e profunda. 

Para além dos elogios a Donald Trump, o Presidente da Argentina alinhou no ataque à ONU, que diz ser uma organização que, na opinião de Javier Milei, devia apenas ter a missão de "preservar a paz e a segurança internacionais". 

Oitenta anos depois, as Nações Unidas, criadas no rescaldo da Segunda Guerra Mundial, têm hoje de encontrar a palavra e o gesto perante conflitos graves e novas realidades geopolíticas, climáticas e até mesmo tecnológicas. 

O mandato de António Guterres à frente das Nações Unidas termina no dia 31 de dezembro do próximo ano.