A polícia ucraniana realizou esta semana uma arriscada operação para retirar uma menina de 6 anos da cidade de Bakhmut, cercada pelas forças russas. Arina estava a viver com os avós num prédio apartamentos que já foi bombardeado. A mãe, grávida de 8 meses, foi levada por questões de segurança para o hospital em Sloviansk.
Arina foi encontrada por polícias ucranianos, que integram também o grupo "Anjos Brancos", uma equipa de voluntários que procura ajudar os mais frágeis que ainda permanecem neste cenário de guerra.
A menina estava na cave de um prédio de apartamentos em Bakhmut, a viver com os avós em condições precárias, numa altura em que o inverno também não dá tréguas e tudo está coberto de neve.
Arina teve de ser separada da mãe, de 24 anos, em final de gravidez. Halyna Danylchenko foi levada para o hospital em Sloviansk, a cerca de 50 quilómetros de Bakhmut, um percurso que costumava ser fácil, mas que agora é de risco elevado.
Pavlo Dyachenko, porta-voz das forças policias ucranianas e também voluntário dos “Anjos Brancos”, explicou que primeiro retiraram a mãe da zona de conflito. Depois Halyna explicou as condições em que a filha de 6 anos tinha ficado e, nessa altura, iniciaram esforços para retirar também a menina e levá-la para junto da mãe.
Dyachenko realçou que cerca de 200 crianças ainda continuam a viver em Bakhmut e que o trabalho da equipa de voluntários vai continuar.
Na cidade, que se transformou num símbolo da resistência nacional na Ucrânia, viviam 70.000 habitantes, atualmente residem apenas cerca de 7.000 pessoas.
A batalha de Bakhmut é considerada uma das mais sangrentas da guerra na Ucrânia. A cidade está em ruinas, mas quem insiste em ficar mantém a esperança em derrubar as tropas russas.