Pouco passava das 4:00 da manhã, hora local, quando um sismo de 7,8 na escala de Richter foi registado no sudeste da Turquia, com impacto também na vizinha Síria. O Governo de Ancara ativou de imediato todas as equipas de emergência para socorrer as zonas mais afetadas. O balanço de vítimas tem estado a aumentar e ultrapassa já os 1.400 mortos na Turquia e na Síria.
Há milhares de pessoas presas nos escombros. O serviço geológico dos Estados Unidos estima que o número de vitimas mortais possa chegar às 10 mil.
Mais de 2.000 edifícios já colapsaram nas principais cidades atingidas pelo terramoto, sem contar com as casas nas pequenas aldeias e vilas, onde as equipas de resgate ainda não conseguiram chegar, como explicou o correspondente da SIC na Turquia, José Pedro Tavares.
Os trabalhos de resgate estão a ser dificultados pela situação atmosférica, as baixas temperaturas e a neve nas zonas afetadas são uma das grandes dificuldades para as equipas no terreno que tentam salvar vidas.
Além disso, uma forte réplica de 7,5 na escala de Richter foi registada horas após o primeiro sismo, o que constitui mais um sério revés para as equipas de resgate e salvamento.
O Centro Nacional de Monitorização Sísmica da Síria informou que o terramoto, que ocorreu perto da fronteira da Turquia com a Síria, foi o "mais forte" registado pelos sistemas sírios desde que entraram em funcionamento, em 1995.
A Turquia está situada numa das zonas sísmicas mais ativas do mundo. Os abalos foram sentidos também no Líbano e no Chipre, Itália emitiu alerta de tsunami.