Além do empréstimo de 1,2 mil milhões de euros a que a empresa já está a ter acesso, vai precisar de mais 2 mil milhões de euros nos próximos quatro anos.
Os números ultrapassam em muito o que estava previsto no Orçamento do Estado para o próximo ano, mas é o que agora se antecipa necessário para garantir a sobrevivência da companhia aérea.
José Gomes Ferreira diz que a TAP não pode continuar como está. Em 2020 já tem prejuízo de 700 milhões de prejuízo e caminha para os 1.000 milhões.
"Esta TAP é o novo Novo Banco. Vai consumir dinheiro dos portugueses que nunca mais acaba se não houver uma alteração. E se não houver o plano de reestruturação."
O plano de reestruturação da TAP foi aprovado na terça-feira à noite em Conselho de Ministros extraordinário, no Palácio Nacional da Ajuda. Prevê despedimentos de cerca de 3 mil trabalhadores, cortes salariais na ordem dos 25% e redução da frota.
O documento tem de ser entregue até esta quinta-feira à Comissão Europeia, uma exigência de Bruxelas pelos 1.200 milhões de euros que o Estado injetou para garantir a sobrevivência da TAP durante a pandemia.
Depois de ser aprovado em Bruxelas, o Governo quer levar o documento a debate e a votação no Parlamento.
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