José Gomes Ferreira considera que as perspetivas para as próximas semanas "não são nada risonhas" e fala em duas crises que estamos a viver em simultâneo.
"As medidas que podem atenuar os efeitos de uma, podem ser prejudiciais para a outra."
Em causa está a crise sanitária, com o aumento recorde dos novos casos diários de covid-19, e a crise económica e financeira, que "por este andar só pode agravar-se".
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José Gomes Ferreira diz que é necessário despistar o eventual pico desta vaga e defende que, se for persistente, devem ser implementadas medidas mais duras.
Sobre o recolher obrigatório ao fim de semana a partir das 13:00 – uma medida prolongada pelo Governo -, considera que não se ganha muito com isso, pois acredita que este horário leva as pessoas a concentraram-se mais de manhã.
Na Edição das 2, na SIC Notícias, reconhece as "perspetivas muito negativas" do ponto de vista económico:
"E eu não sei como vamos sair deste ciclo de decréscimo e de negativismo, acho que ninguém sabe, numa altura em que devíamos estar a perspetivar uma retoma."
Diz que as previsões do Orçamento do Estado para 2021 estão erradas e defende que "estamos a caminhar para um segundo ano de queda brutal do PIB que depois tem reflexos na situação financeira do estado, e nas famílias e empresas".
José Gomes Ferreira fala ainda sobre as vacinas, as presidenciais e a posição da oposição. Elogia o líder da oposição, por não aproveitar a situação para fazer críticas ao Governo, e diz mesmo que ganhar pontos com isso.