António Costa garantiu, em entrevista à TVI, que é impossível controlar a pandemia sem “perturbar a vida das pessoas e a economia” e que o país, à semelhança do que aconteceu na Europa, não esperava uma segunda vaga tão cedo.
Segunda vaga era esperada para a passagem do outono-inverno
"Toda a gente a antecipava que viria na passagem do outono para o inverno, ninguém pensava que chegasse tão cedo. Isso é claro. Agora, se me perguntam se eu estou surpreendido com este número tão significativo de transmissões na comunidade, eu estou muito surpreendido", acentuou.
Já esta terça-feira, o primeiro-ministro rejeitou a ideia de que o Governo não preparou o país para a segunda vaga, defendendo no Twitter que há agora mais meios de atendimento e mais profissionais de saúde.
Há quem diga que não nos preparámos para o outono-inverno. Será verdade?
— António Costa (@antoniocostapm) November 10, 2020
Em março a linha SNS24 podia atender até 10.000 telefonemas. Hoje tem capacidade para mais de 30.000. Em março a média diária de testes era 2.578. Hoje é 35.348.
No que respeita à capacidade de testagem, o primeiro-ministro aponta que em março passado a média diária era de 2578, sendo hoje de 35348.
Nesta série de comparações, António Costa diz que "em março eram acompanhadas 11842 pessoas em vigilância ativa e hoje são 90088.
"Em março havia cerca duas mil camas que podiam ser afetas a doentes covid-19, mas hoje há mais de três mil e, com desmarcação de atividade programada, poderão chegar a 18 mil", salienta.
Tal como já havia afirmado na entrevista que concedeu na segunda-feira à noite à TVI, o líder do executivo, nestas mesmas mensagens que publicou no Twitter, defende em seguida que as camas de unidades de cuidados intensivos para doentes covid-19 passaram de 433 em março para 704 - e o número de camas poderá atingir 944 "com desmarcação de atividade programada".
No que respeita a ventiladores, ainda de acordo com os mesmos dados apresentados por António Costa, "em março havia 1142 e hoje há 1939".
"Em março criámos um regime excecional de contratação de profissionais de saúde. Hoje já contratámos 6883 profissionais de saúde ao abrigo deste regime e decidimos vincular ao Serviço Nacional de Saúde perto de metade", acrescenta nestas suas mensagens.
“Saia, mas em segurança”
Sobre as medidas de restrição, explica que é muito difícil dizer qual é o ponto de equilíbrio, pedindo aos portugueses que saiam de casa, mas em segurança.
Consulte aqui as novas medidas do estado de emergência e as suas exceções.
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