Francisco Rodrigues dos Santos, líder do CDS, enfrenta uma situação de instabilidade no partido: Filipe Lobo d’Ávila anunciou, esta quinta-feira, a sua demissão enquanto primeiro vice-presidente do partido, avança o Expresso.
Não é o único a abandonar a liderança. Também Raul Almeida e Isabel Meneres Campos decidiram terminar a sua participação na direção do partido por discordarem do rumo do líder.
As três demissões na direção do partido surgem dias depois do antigo vice-presidente Adolfo Mesquita Nunes ter publicado um artigo de opinião onde defendia a realização de um congresso do partido e de eleições antecipadas.
“A crise de sobrevivência que o CDS hoje atravessa não conseguirá ser resolvida com esta direção. É claro, e por demais evidente, que esta direção tem total legitimidade para continuar em funções, tendo ganho um Congresso”, escreveu Mesquita Nunes num artigo de opinião do Observador, reforçando que “daqui a um ano, será tarde demais. Se for já, ainda vamos a tempo de autárquicas, ainda vamos a tempo de projetar uma nova força”.
Em resposta ao desafio de Mesquita Nunes, Francisco Rodrigues dos Santos defendeu que as questões internas do partido devem ser discutidas à porta fechada e afirmou que irá reunir com órgãos nacionais do partido para reflexão sobre situação política.
Depois, em entrevista ao Público, o eurodeputado Nuno Melo afirmou também estar disponível para se candidatar à liderança do CDS, seja em 2022 ou antes.
“Se o CDS cumprir o seu ciclo e o congresso acontecer em 2022, acho que ninguém se deve excluir dessa discussão. Eu próprio não excluo, se o congresso for em 2022, aí ser candidato, se nada se alterar”, respondeu o eurodeputado.
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