O presidente do Chega, André Ventura, considerou esta terça-feira que a detenção do empresário Joe Berardo mostra que "ninguém é intocável" e disse esperar que "a justiça seja célere" e que este processo "não se arraste".
"A sua detenção hoje reforça a ideia de que ninguém é intocável em Portugal e de que não há nem pode haver impunidade nesta matéria", disse André Ventura num comentário à detenção do empresário madeirense.
Através de um vídeo divulgado aos jornalistas, o deputado único do Chega espera "que a justiça seja célere, ao contrário de outros processos, que os portugueses possam rapidamente ter conhecimento do que se passou, do nível de fraude, do volume das fraudes envolvidas, para que a justiça seja efetivamente feita".
"É isso que não podemos perder de vista. Também nestes crimes, na grande criminalidade económica, a justiça tem que ser feita, tem que ser célere e tem que ser eficaz", defendeu.
André Ventura espera também "que este processo não se arraste" e que seja possível "em tempo útil ver culpados ou inocentes, mas sobretudo que seja feita justiça".
E indicou que é "mais um passo" no sentido "da limpeza que Portugal precisa de fazer e de assegurar que este tipo de crimes são efetivamente punidos".
"A impunidade nunca pode prevalecer"
O líder do Chega falou também num "dia triste para o mundo empresarial" e apontou que podem estar em causa "crimes extremamente graves".
"É de recordar que Joe Berardo já foi distinguido várias vezes, por múltiplas instituições, quanto ao seu percurso e por isso este é um dia que nos deve assinalar alguma preocupação mas também, e sobretudo, assegurar e sublinhar que a impunidade nunca pode prevalecer", salientou ainda.
-
As dívidas de Joe Berardo: CGD, Novo Banco e BCP exigem quase mil milhões de euros
-
A gargalhada de Joe Berardo que marcou a comissão de inquérito à CGD
-
Mariana Mortágua: “Berardo foi à comissão de inquérito gabar-se de ser intocável”
-
"Joe Berardo cometeu um erro: ir ao Parlamento ironizar com todos os portugueses"