Joe Berardo foi detido esta terça-feira no âmbito de uma investigação aos créditos ruinosos da Caixa Geral de Depósitos. Em 2019, o empresário tinha sido ouvido numa comissão de inquérito ao banco público. Na altura, o empresário madeirense garantiu que não tinha dívidas nem património. Disse ainda que era apenas um cidadão que quis ajudar os bancos.
A audição do dia 10 de maio de 2019 ganhou, rapidamente, um tom de comédia. Joe Berardo garantiu que não tinha nada, nem sequer dívidas.
No entanto, são 350 milhões de euros que a Fundação Berrado devia à Caixa Geral de Depósitos. Uma linha de crédito que Berardo assegura que não pediu, que lhe foi oferecida e que ele só quis ajudar os bancos.
O empresário acabou também por admitir que a Coleção Berardo esteve sempre protegida do penhor dos bancos.
Depois desta audição, o empresário enviou uma carta ao Presidente da Assembleia da República onde se queixou da forma como foi tratado pelos deputados e acusou o Parlamento de violação dos direitos constitucionais por permitir que as declarações fossem divulgadas pela comunicação social.
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