O carro onde seguia Eduardo Cabrita, envolvido no atropelamento mortal na A6, é uma viatura apreendida. Estava a ser utilitzada por um membro do Governo, mas ainda não tinha sido declarada a favor do Estado.
No entanto podia circular na via pública, porque segundo o Ministério da Administração Interna, possuia uma guia emitida pela Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública, um documento válido por mais dois anos, até maio de 2023.
As explicações do Ministério da Administração Interna surgem depois de Rui Rio ter questionado o registo do automóvel. Segundo o líder social-democrata, a matrícula não consta dos registos, "o carro pura e simplesmente não está registado". Rio disse que procurou na legislação "para ver se havia alguma norma de exceção que dissesse que os automóveis do Estado, os automóveis do Governo, não carecessem de registo" e não a encontrou.
As circunstâncias do acidente continuam a ser investigadas. Permanecem as dúvidas sobre a razão porque seguia o carro na via da esquerda, e a que velocidade circulava.
O caso esta a ser investigado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Évora. O INEM abriu um inquérito interno sobre as circunstâncias em que foi prestado o socorro no acidente e a GNR está também a investigar o caso.
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