A mulher de João Rendeiro, Maria de Jesus Rendeiro, é suspeita de branqueamento de capitais, falsificação e do descaminho de várias obras de arte do antigo presidente do BPP.
A investigação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal está centrada na alegada ocultação do património do antigo banqueiro.
O processo engloba uma série de negócios imobiliários que envolveram o antigo motorista de Rendeiro, Florêncio de Almeida, e o pai, atual presidente da ANTRAL.
Maria de Jesus Rendeiro está envolvida na venda e alegada falsificação de 124 obras de arte, arrestadas há 10 anos ao antigo presidente do Banco Privado Português para garantir a indemnização a lesados do BPP.
A mulher de João Rendeiro, fiel depositária desde 2010, não explicou, na semana passada, em tribunal, o desaparecimento de 12 obras. Dessas, pelo menos oito terão sido vendidas por 1,3 milhões de euros, negócio que já lhe valeu uma multa de 1.000 euros.
Maria de Jesus Rendeiro recusou falar, alegando não ter "condições psicológicas" para o fazer.
Maria de Jesus Rendeiro encontra-se detida para acautelar o perigo de fuga e perturbação do inquérito. Vai ter nova oportunidade para falar em primeiro interrogatório judicial.
A detenção aconteceu um mês depois da fuga do marido.
Maria de Jesus Rendeiro é a única detida na megaoperação que envolveu buscas em 17 locais, dois procuradores e mais de 50 inspetores e peritos da Polícia Judiciária e da Autoridade Tributária.
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