Responsável pela instrução do caso, o magistrado entende que se trata do maior processo de sempre da Justiça portuguesa e, por isso, pediu ao Conselho Superior da Magistratura regime de exclusividade.
O caso da queda do Universo Espírito Santo está na Justiça há mais de sete anos, ainda sem julgamento há vista. Ricardo Salgado está entre os principais arguidos, num total de 25 acusados, num processo que já soma 767 volumes, aproximadamente, 700 mil páginas para ler.
Ao juiz Ivo Rosa calhou a fase de instrução do processo do Universo BES, uma espécie de julgamento prévio usado pelos arguidos como a derradeira tentativa para evitar a ida ao banco dos réus.
Num despacho enviado ao Conselho Superior da Magistratura, Ivo Rosa realça a "complexidade" do processo, a "dimensão do mesmo" e a "natureza da criminalidade imputada aos arguidos para dizer que não haverá milagres: "o prazo fixado na lei para a conclusão desta fase processual é, no caso concreto, humanamente impossível de alcançar."
Pede, por isso, ao orgão disciplinar dos juízes "dedicação exclusiva" ao processo do Universo BES.
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