As autoridades portuguesas vão avaliar a situação dos 37 migrantes resgatados ao largo do Algarve, esta quinta-feira. Depois de identificados, o Serviço de Estrangeiras e Fronteiras (SEF) irá analisar caso a caso, num processo igual ao aplicado em situações de entrada clandestina em Portugal. Se os migrantes pedirem asilo, não poderão ser devolvidos ao país de origem.
O sistema nacional de busca e salvamento é ativado em situações em que há risco de vida. Depois de dado o alerta, a Marinha acorre ao local para identificar o problema e avaliar a urgência e o perigo humano. Foi isso que aconteceu esta quinta-feira, ao largo do Algarve.
Os 37 migrantes foram resgatados e, ao chegarem a terra firme, foram entregues às entidades competentes que garantiram alimentação, assistência médica e vão realizar teste à covid-19.
O SEF vai avaliar a situação dos 37 homens num processo que é em tudo igual ao aplicado em caso de migrantes que entram clandestinamente em território português. A análise será feita caso a caso, tendo em conta a necessidade, o histórico e a vontade de cada um dos migrantes.
A costa algarvia tem recebido nos últimos anos vários desembarques ilegais de migrantes oriundos do norte de África. Desde dezembro de 2019, 97 marroquinos entraram ilegalmente em Portugal.
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