Eduardo Cabrita anunciou esta sexta-feira a demissão do cargo de ministro da Administração Interna do XXI Governo Constitucional, cargo que ocupava desde outubro de 2017. Antes, recorde-se, foi ministro Adjunto.
"Entendi solicitar hoje a exoneração das minhas funções de ministro da Administração Interna ao senhor primeiro-ministro", afirmou Eduardo Cabrita, numa declaração à comunicação social sem direito a perguntas.
Cristina Figueiredo considera que foi António Costa quem "segurou" Eduardo Cabrita e que esta decisão só é tomada agora porque "temos eleições daqui a dois meses".
"Passámos o verão todo a falar de uma remodelação que estaria para acontecer, mas nunca aconteceu. Provavelmente Eduardo Cabrita teria caído nessa remodelação", afirmou a editora de política da SIC.
A decisão de Eduardo Cabrita surge no dia em que o Ministério Público acusou o motorista do ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita de homicídio por negligência, no caso do atropelamento mortal de um trabalhador na A6.
Cristina Figueiredo lança ainda uma questão: "Se não houvesse eleições, será que este facto conhecido hoje seria suficiente para o fazer demitir-se?".
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