Portugal vai pedir a extradição de João Rendeiro para que cumpra a pena a que está condenado. O processo pode demorar meses, mas é possível porque a África do Sul assinou uma convenção europeia, há quase duas décadas, que facilita a extradição de detidos.
Depois da detenção, o desejo da Polícia Judiciária é que João Rendeiro fique em prisão preventiva.
O juiz sul-africano pode aceitar a detenção provisória, pedida pelas autoridades portuguesas há semanas, assim que se suspeitou que Rendeiro pudesse estar naquele país.
A detenção provisória pode durar no máximo 40 dias, prazo que Portugal terá para formalizar o pedido de extradição.
O dossier, que contém toda a informação relativa às condenações do ex-banqueiro e aos mandados de captura, tem que ser traduzido para inglês. É depois enviado pela Procuradoria-Geral da República, por via diplomática, até ao Ministério da Justiça da África do Sul.
A decisão passa depois para os tribunais, mas tem sempre de ser autorizado pelo poder político, através do ministro da tutela.
A colaboração entre os dois países foi facilitada porque, desde 2003, a África do Sul assinou a convenção europeia de extradição.
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