A Associação de Lesados do BPP critica o tempo e os custos gastos pela Comissão Liquidatória do banco. Já o presidente da Privado Clientes, Jaime Antunes, que esteve este ano na apresentação do livro de João Rendeiro, defende que o ex-administrador deve cumprir a pena, mas considera que a prisão não resolve a situação dos clientes que não recuperaram o capital aplicado no banco.
A critica da Associação dos Lesados do BPP vai diretamente para a Comissão Liquidatária.
Consideram excessivo o gastos com honorários, salários e despesas administrativas dos últimos 10 anos.
O dedo é apontado ainda à falta de fiscalização do Banco de Portugal e da Comissão de Credores e ao funcionamento dos tribunais.
Jaime Antunes esteve presente no lançamento do livro de João Rendeiro, "Em Defesa da Honra".
Para o presidente dos lesados, o ex-administrador é descrito como um pequeno banqueiro desalinhado.
O Banco Privado Português em liquidação é representado pela comissão liquidatária.
Garante em comunicado que já elaborou 40 relatórios trimestrais e que os custos constam nos relatórios entregues ao processo.
O BPP acrescenta ainda que identificou 700 milhões de ativos potenciais a recuperar e que nesta altura estão em curso dezenas de ações judiciais contra devedores do banco, incluindo processos crime instaurados contra ex-administradores.
Num desses processos, a anterior administração, onde se inclui João Rendeiro, foi condenada a pagar uma indenização de 30 milhões de euros.
Se essa decisão vier a ser confirmada, o valor deverá ser revertido para os lesado do BPP.
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