Paulo Sá e Cunha, advogado, considera que é "absolutamente anormal" esta detenção nesta fase do processo com o histórico que já leva.
"Estamos todos, até de forma subliminar, sob o efeito traumático da fuga de João Rendeiro", afirma.
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Sobre o perigo de fuga, o advogado diz que não há indícios de fuga e esclarece que não se pode sujeitar uma pessoa uma medida de coração por um perigo abstrato.
"Têm de existir indícios factuais, comprovados", adianta.
Já Filipe Alves, diretor do Jornal Económico, considera que, com a apresentação voluntária às autoridades, há uma "mensagem que está a ser transmitida".
"Processo dura há quase 10 anos, com sucessivas provas. Diria que é quase impossível que se faça justiça", diz.
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