João Cotrim de Figueiredo diz que, se se confirmarem as suspeitas que recaem sobre Manuel Pinho, o antigo ministro da Economia deve responder perante a justiça.
O líder da Iniciativa Liberal afirma que os responsáveis políticos não podem ser impunes.
"É uma tremenda injustiça terem envolvido a minha família"
Em prisão domiciliária desde quinta-feira, Manuel Pinho fala pela primeira vez, em exclusivo ao Expresso, para garantir que nunca beneficiou a EDP enquanto esteve no governo.
Aliás, o antigo ministro da Economia diz mesmo que "seria insuportável se um dia se provasse" que favoreceu a elétrica.
Na entrevista, publicada este sábado na íntegra, o antigo ministro da economia considera "uma tremenda injustiça terem envolvido a família no processo judicial". Elogia a mulher, Alexandra Pinho, também arguida no caso EDP, que "passou um momento muito difícil" com a detenção.
Manuel Pinho foi ministro da Economia do Governo de José Sócrates entre 2005 e 2009. Saiu antecipadamente do Executivo, mas não quebrou a boa relação com ex-primeiro-ministro, revelou numa entrevista exclusiva ao Expresso.
"Eu falo com ele com alguma frequência, trabalhei com ele, temos uma boa relação pessoal. Porque não haveria de falar, não é?", questionou Manuel Pinho, em prisão domiciliária.
José Sócrates manifestou publicamente o desagrado pela forma como Manuel Pinho foi detido, acusando o Estado de violência ilegítima.
Saiba mais
- Advogada diz que medida de coação de Manuel Pinho "é ilegal" e que o Estado "vai ficar mal visto"
- É preciso respeitar a presunção de inocência de Manuel Pinho, diz vice do PSD
- A Justiça portuguesa e os casos Rendeiro e Manuel Pinho
- Louçã diz que é inaceitável que Manuel Pinho não dê explicações sobre dinheiro
- Entrevista de Manuel Pinho: a "arrogância" e a "Justiça tirana"
- Manuel Pinho ao Expresso: algumas revelações e pontos fortes da entrevista
- Manuel Pinho já tem pulseira eletrónica