A lista do líder do PSD venceu as eleições para o Conselho Nacional, arrecadando 187 votos, enquanto as listas adversárias de Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz contaram com 147 votos e 161 votos, respetivamente. Rui Rio teve, porém, uma derrota: Paulo Colaço ganhou o Conselho de Jurisdição.
A lista do atual presidente do Conselho Nacional de Jurisdição do PSD, Paulo Colaço, foi a mais votada pelos delegados ao Congresso, derrotando a apoiada por Rui Rio, e que era encabeçada por Nuno Morais Sarmento.
Quanto à Mesa do Congresso, a lista apoiada pela direção, encabeçada por Paulo Mota Pinto, foi a mais votada, derrotando a liderada pelo deputado e antigo líder da JSD, Pedro Rodrigues.
Direção de Rio eleita com melhor resultado do que em 2020
A Comissão Política Nacional do presidente do PSD, Rui Rio, foi eleita com 67,6% dos votos, uma subida em relação ao último congresso. A lista única de Rio contou com 563 votos favoráveis. Registaram-se 833 votantes, anunciou o presidente da Mesa do Congresso, Paulo Mota Pinto.
Há dois anos, no congresso de Viana do Castelo, a direção de Rio foi eleita com 62,4% dos votos, naquela que foi então a votação mais baixa desde 2007, quando Luís Filipe Menezes obteve 61,8%
O PSD mudou os estatutos e adotou as eleições diretas em 2006, deixando de escolher o líder em congresso. Na reunião magna continuam a ser eleitos os órgãos nacionais como a Comissão Política Nacional.
O antigo presidente da Câmara de Cantanhede João Pais de Moura e a bastonária da Ordem dos Farmacêuticos Ana Paula Martins são os dois novos vice-presidentes da direção do PSD.
Mantêm-se na Comissão Política Nacional os vices André Coelho Lima, Isaura Morais, David Justino e Salvador Malheiro, saindo Nuno Morais Sarmento e Isabel Meirelles. José Silvano também continua como secretário-geral.
Maioria da direção no Conselho Nacional
A direção terá maioria no Conselho Nacional, somando a votação da lista oficial com outras de apoiantes do presidente Rui Rio. Quem o diz é o secretário-geral do PSD.
Em declarações à Lusa, José Silvano afirmou que a votação de hoje permite à direção ter "mais de 50%" dos lugares do Conselho Nacional, destacando que "em relação às eleições anteriores, é uma subida significativa".
Nestas contas, o secretário-geral reeleito soma, pelo menos, os votos da lista oficial, encabeçada por Pedro Roseta (187), com os conseguidos pelas listas de Carlos Eduardo Reis (97), Catarina Rocha Ferreira (70) e Lina Lopes (17).
José Silvano admitiu que a direção perdeu a presidência do Conselho Nacional de Jurisdição, por 34 votos, mas mantém a presidência da Mesa do Congresso, que, ao contrário do habitual, tinha uma lista opositora.
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