O Serviço Nacional de Saúde faz esta quinta-feira 43 anos. Os utentes reconhecem a importância do sistema de saúde público, mas continuam a queixar-se do elevado tempo de espera para consultas ou exames. A falta de profissionais também se mantém e continua a afetar, por exemplo, as urgências obstétricas.
Foi tema quase diário no pico do verão, mas as falta de especialistas continua a condicionar as urgências de obstetrícia. Esta quinta-feira, por exemplo, o bloco de partos do Hospital de Setúbal está fechado até ao início da noite e o de Almada encerra na sexta-feira durante o dia.
À falta de médicos, enfermeiros e técnicos junta-se o tempo de espera.
Mas os problemas, dizem os utentes, não estão só nos hospitais. Começam antes, nos cuidados de saúde primários. Há quase 1 milhão e meio de pessoas sem médico de família em Portugal, número que duplicou desde 2018.
Há precisamente 43 anos foi fundando o Serviço Nacional de Saúde.
Ninguém nega a importância, mas a maioria defende uma reforma profunda o quanto antes que não depende apenas de quem está no poder.
As críticas são muitas, mas nos últimos anos a saúde tem sido uma aposta. Mais dinheiro foi gasto, mais consultas foram realizadas e mais profissionais foram contratados.