O serviço de cardiologia do Centro Hospitalar do Médio Tejo é um dos mais críticos na prestação de cuidados à população. A Comissão de Utentes de Saúde Pública expõe ainda que se vivem situações críticas nos serviços de medicina e obstetrícia.
Três médicos abandonaram o serviço de cardiologia do Centro Hospitalar que reúne os hospitais de Torres Novas, Abrantes e Tomar. A prestação de cuidados aos doentes pode assim ficar comprometida e Manuel Soares, da Comissão de Utentes de Saúde Pública do Médio Tejo, garante que este não é caso único.
O mesmo aponta que é fulcral encontrar soluções o quanto antes e a prioridade, no imediato, é contratar mais médicos.
"Não vamos agitar um problema, vamos sim reunir todos os esforços no sentido de cativar mais profissionais e organizar o serviço de forma a que corresponda às necessidade", afirmou Manuel Soares.
Necessidades essas que passam por garantir a presença de uma equipa, ou de um cardiologista na urgência do hospital, explica.
Além deste problema, há ainda outras áreas que carecem de médicos suficientes para colmatar as reformas que se avizinham de vários profissionais. Manuel Soares classifica as áreas de cirurgia, cardiologia, obstetrícia e ortopedia como as “situações críticas que existem”.
Já relativamente à obstetrícia, em específico, revela que durante o verão foram sentidos constrangimentos e que, atualmente, o futuro da maternidade de Abrantes é preocupante.
Muitas maternidades irão encerrar, o que se poderá traduzir numa grande afluência ao centro hospitalar, que poderá não conseguir dar resposta.