O jornal online Observador está a avançar que o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Miguel Alves, foi acusado pelo Ministério Público do crime prevaricação no âmbito da Operação Teia.
Segundo o Observador, no centro da investigação está a sociedade Mit — Make it Happen, Lda. que realizou contratos com a Câmara de Caminha entre abril de 2015 e julho de 2016.
A Operação Teia, que tem no seu centro o histórico ex-autarca socialista de Santo Tirso, Joaquim Couto e a sua mulher Manuela Couto, levou à extração de uma certidão, conta o jornal online, vincando que é precisamente essa que está no alvo da investigação a Miguel Alves.
O que está em causa? Segundo o Observador, há a “suspeita de que o grupo empresarial de Manuela Couto, que tinha outras sociedades ligadas à comunicação, clipping e marketing, terá tido outras relações contratuais” com a autarquia de Caminha que à data era “liderada por Miguel Alves entre setembro de 2013 e setembro de 2022”.
Os processos em que Miguel Alves é arguido
Desde 2019 que Miguel Alves está na lista de arguidos da Operação Éter, em que à volta de Melchior Moreira, ex-presidente do Turismo do Porto e do Norte, o Ministério Público investiga contratos ilícitos e crimes de corrupção e abuso de poder com autarcas socialistas.
Isto era público quando o primeiro-ministro chamou Miguel Alves, em setembro, para secretário de Estado Adjunto.
O então presidente da Câmara de Caminha é também visado na Operação Teia. Em causa ajustes diretos na compra de sistemas informáticos por autarquias do Norte estão na base das suspeitas de corrupção.