País

"Quando o ódio veste farda": sindicatos continuam a defender que se trata de desabafos

Mais de metade dos operacionais que escrevem mensagens racistas e xenófobas nas redes sociais revela proximidade com ideais de extrema-direita.

"Quando o ódio veste farda": sindicatos continuam a defender que se trata de desabafos
Canva

O Ministério da Administração Interna ordenou a abertura de um inquérito para detetar casos de racismo e xenofobia na PSP e GNR. A decisão surge depois da reportagem que passou na SIC, esta quarta-feira, "Quando o ódio veste farda".

Cerca de 600 operacionais da GNR e da PSP praticam crimes de ódio nas redes sociais. Estes representantes das forças de segurança integram uma base de dados a que o Consórcio de Jornalistas de Investigação portugueses, de que fazem parte a SIC e o Expresso, teve acesso.

Nas mais de 3000 publicações desta base de dados, os polícias identificados violam a lei e os regulamentos internos das respetivas forças de segurança.

Mas muitos sindicatos continuam a defender que se tratam apenas de desabafos em grupos privados que não têm reflexo direto na sociedade.

Loading...

Nas publicações a que o Consórcio de Jornalistas de Investigação portugueses teve acesso, operacionais apelam à violência contra alegados criminosos, políticos e jornalistas. Mais de metade da amostra revela proximidade com ideais de extrema-direita.

Loading...

No segundo episódio da Grande Reportagem “O ódio veste farda”, que será transmitido hoje no Jornal da Noite, revelamos denúncias de racismo e ódio nas forças de segurança. Alguns dos alvos são a antiga ministra da justiça, Francisca Van Dunem e o ator negro, Bruno Candé, que foi assassinado.

Loading...