Dezenas de professores montaram na terça-feira um acampamento em frente ao Ministério da Educação, em Lisboa, num protesto para exigir respostas ao Governo. A manifestação decorre pelo segundo dia consecutivo.
A ação de protesto foi convocada pela Fenprof e deverá decorrer até sexta-feira. O acampamento está situado sob o viaduto da Avenida Infante Santo, em Lisboa.
A tenda tem capacidade para um pequeno grupo, que irá revezar-se até sexta-feira. Ao lado, foi ainda montada uma estrutura de apoio sob um toldo. O espaço foi delimitado pela polícia com grades móveis e fitas.
Os professores continuam a pedir a revisão dos regimes de contratação, a recuperação do tempo de serviço e a atualização das carreiras.
Muitos foram os professores dormiram no acampamento de terça para quarta-feira e, durante esta manhã, foram chegando mais docentes para se juntarem ao protesto.
A repórter da SIC, Joana Vitória Teixeira, esteve no acampamento, onde falou com uma das professoras que aderiu a esta manifestação e que explicou o porquê de o ter feiro. "Vimos a nossa carreira ser completamente defraudada pelos sucessivos Ministérios da Educação", afirmou.
O protesto manteve-se mesmo depois do Ministério da Educação ter convocado os sindicatos para retomar as negociações, na próxima semana.
Na segunda-feira, o ministério enviou uma convocatória, mas não apresentou propostas concretas para os problemas que têm vindo a ser apresentados à tutela, de acordo com Mário Nogueira.
A terceira ronda negocial entre Governo e professores está marcada para 18 e 20 de janeiro.
Esta terça-feira, o secretário-geral da Fenprof prometeu intensificar a luta dos professores caso a reunião da próxima semana não traga soluções.
